Tal como no ano passado, e porque continuo a querer muito que a princesa acredite no senhor das barbas brancas, hoje não fomos à Lapónia, mas fomos ver o Pai Natal, que, acreditem ou não, andava pelo shopping com as suas renas e duendes queridos, a presentear os seres mais genuínos que conheço, as crianças.
Enquanto esperávamos, vi alguns desistentes e pensei ali, na reacção da Constança. Oops! Ainda não tinha pensado nisso. No ano passado, ela era bebé e não se apercebeu muito bem onde estava e o significado de todo aquele aparato. Este ano, deparava-se pela primeira vez, com um senhor, todo vestido de vermelho, com umas barbas brancas que só lhe deixavam ver os olhinhos...e eu ainda não me tinha dado conta que ela podia não gostar do cenário. Ali à pressa, pensei nisso tudo. A coisa podia realmente não correr da melhor forma. Mas tive de ver com os meus próprios olhos, e fazê-la passar pela experiência...afinal, também podia correr bem.
Mas não. De máquina em punho, só deu tempo de registar o choro meio aflito. Não quis ir ao colo do senhor barbudo, ainda que, não se tenha feito de rogada e aceitado prontamente o livro para colorir e o chupa-chups que este lhe oferecera.
Tudo normal!
A parte que mais gostou foi mesmo no atelier. Onde estavam umas duendes a proporcionar momentos de pintura a quem por ali quisesse deixar um pouco da sua arte. Bem...canetas, lápis e papel, é mesmo com a gordinha. Qual Pai Natal, qual quê? Resmas e paletes de papeis e dúzias infinitas de lápis para colorir. Está a festa feita e o Natal mais do que abrilhantado!
Afinal, uma criança é mesmo feliz com pouco!
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Ahh...E é desta forma que culpabilizo o Pai Natal pela ingestão do primeiro chupa-chups da baby. Como é que se diz a uma criança que afinal, aquele presente não é nada apropriado para ela? Lá a deixei mordiscar e nem vale a pena dizer que adorou. Quando lhe tirei o chupa, foi quase como um primeiro desgosto de amor...
Adeus Pai Natal, Adeus!
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