Minha gordinha, hoje escrevo para ti.
Hoje faz doze anos!
Hoje faz doze anos!
Há doze anos, a hora mudava e eu e o papá começávamos a namorar.
Ele era alto, moreno e giro (e ainda é). Tocava na banda filarmónica da nossa terra e tinha imensa pinta. As bochechas estavam sempre meio rosadas e andava quase sempre de bicos de pé. Era um vaidoso de primeira...mas um amor de rapaz (e ainda é)!
Há doze anos, a mamã tinha o cabelo cheio de caracóis que não gostava. Vestia um pólo azul bebé por cima duma camisa xadrez cuja cor já me foge da memória. Usava umas calças de ganga super giras e na moda, tinham uma boca de sino gigante e eu adorava-as. Era véspera de domingo de Páscoa.
Há doze anos, a nossa história começava ali!
E entre passadas, umas mais pequenas e apressadas, outras gigantes e vagarosas, saltos de felicidade e debruços de alguns dias menos bons, que serviram para nos fazer crescer e perceber o quanto éramos importantes um para o outro, a nossa história, agora tua também, dura até hoje e isso faz-me muito feliz!
Há doze anos, a mamã tinha o cabelo cheio de caracóis que não gostava. Vestia um pólo azul bebé por cima duma camisa xadrez cuja cor já me foge da memória. Usava umas calças de ganga super giras e na moda, tinham uma boca de sino gigante e eu adorava-as. Era véspera de domingo de Páscoa.
Há doze anos, a nossa história começava ali!
E entre passadas, umas mais pequenas e apressadas, outras gigantes e vagarosas, saltos de felicidade e debruços de alguns dias menos bons, que serviram para nos fazer crescer e perceber o quanto éramos importantes um para o outro, a nossa história, agora tua também, dura até hoje e isso faz-me muito feliz!
Adoro recordar os tantos e tantos momentos bons que
passámos juntos desde aquele dia. E foram imensos. Quando cresceres, lembra-me de te contar o episódio na Ovibeja que quase dava para um título de um filme: “Um amor e mil missangas”… Lembra-me de te contar as nossas primeiras férias
aqui nesta casa, que agora a tomamos como nossa. As primeiras idas ao cinema no
centro cultural. As noites frias e até chuvosas em que namorámos nos jardins da
nossa querida terra. As viagens de autocarro até à escola ainda meio
ensonados. Os intervalos na D. Manuel. A primeira passagem de ano juntos, e as
outras todas que se seguiram. As conquistas do papá e as minhas que sempre partilhámos como se fossem dos
dois! Os quilómetros percorridos. Lembra-me! Vou adorar partilhar tudo isto contigo, porque esta é também a tua história.
Conhecemo-nos um ao outro como mais ninguém conhece, e
isso significa muito para mim.
Hoje o nosso amor é ainda maior e tem um fruto. TU, a nossa gordinha! E eu tenho um orgulho
infinito em nós! Tenho um orgulho imenso de continuar esta história ao vosso lado, de mãos dadas e com os corações juntos.
Porque vos amo para sempre e o para sempre para mim, nunca
acaba!