16 meses

Hoje a princesa cá de casa fez dezasseis meses e não podíamos deixar passar sem assinalar este dia. Afinal, foi há dezasseis meses que, por causa dela, tudo mudou... 

Comer sozinha, tem sido a sua grande descoberta. Já segura a colher tão bem! Faz aviões pelo meio... E já quase come sem parecer que acabou de sair de uma sessão de digipapa. Adora a nossa comida e é tão boa boca. Cresce de dia para dia, sem parar... É o nosso maior amor! 

Parabéns por mais um mês de tanto que nos dás! 

Hoje!

Hoje, a hora mudou! 

Levantamo-nos cedo, como o costume.

Tirámos fotografias e a gordinha adorou a sua máquina.

Fomos à feira de Santa Iria. Haviam muitos carroceis e ela teve medo.

E como dormimos menos uma hora, já está pronta para ir procurar a segunda. Por isso vamos a isso!!! 

Ela já não chora

Os primeiros dias de creche da princesa custaram-me muito, alguns de vocês terão acompanhado, e sabem do que falo. Nunca saberão ao certo, mas sei que imaginam a dor. É uma dor que apazigua com o passar dos dias, e que hoje, quase não me lembro verdadeiramente dela. Chego a desdenhar de mim própria, da minha dor (olhem só o ridículo). Mas lembro-me (vagamente) que doeu. Deixá-la num local estranho, vir para casa, saber que ficou a chorar, com pessoas (muito queridas, mas...) que não conhecia de lado nenhum, jogou-me lá para baixo durante uns dias, mas depois passou! Disseram-me que passava. Eu também sabia que ia passar e que ainda me ia rir muito disso. Passou. Levou o seu tempo, mas passou. Um mês pareceu uma eternidade, lembro-me. Lembro-me de querer muito que chegasse o dia em que a deixava sem chorar. Ia ser muito mais fácil para todos. Mas também sabia que aquele choro era normal durante o período de adaptação. Tinha de ser forte e aguentar, sem lágrimas e com um sorriso no rosto, quando me despedia dela. Os homens são mais fortes nos assuntos do coração, e devo confessar-vos que a coisa ficou muito mais fácil quando começou a ser o João a levá-la de manhã. Olhos que não vêm, coração que não sente. Mas o meu sentia. Mas não via. E isso ajudava tanto! Assim que a entregava, tinha a ordem expressa de me ligar para contar como tinha ficado, e eu deste lado, esperava sempre ouvir um "Hoje não chorou!". Esse dia chegou. Tenho pena de não saber precisar o dia, mas a coisa foi acontecendo gradualmente. Haviam dias que chorava um bocadinho, outros que só franzia a cara e fingia que chorava e outros que ficava sem grande reacção. Mas hoje já podemos dizer que a gordinha vai para a creche super feliz e muito bem disposta. Quando lhe perguntamos: "Quem vai para a escolinha?" Ela põe o dedo no ar e um sorriso maroto, do tamanho do mundo na cara. Quando entramos na creche quer ir pelo seu próprio pé até à sala. Estica os braços para a educadora. E sabem que mais? Até já aconteceu não querer vir embora! 

Por vezes, à saída, ainda nos joga um pouco do seu charme, como diz a educadora. Gosto de chegar sem que me veja, gosto de a ver brincar, e por isso vou pé-ante-pé, e fico ali, até que me descubra numa espreitadela à porta. Corre para mim e faz: ãh ãh ãh (não vou chamar chorar àquilo!). "É só charme!"

Quem com certeza ajuda muito neste processo são uns passarinhos de estimação, que vivem numa gaiola mesmo à entrada escola. Eles são super queridos por todas as crianças que a frequentam e quase todos os dias vejo excursões, arrastando pais, mães, avós, tios, irmãos, para apreciá-los e ouvi-los a chilrear. A minha querida filha é uma delas, que tanto na chegada como na saída, quer porque quer, (já faz parte do ritual e não vale a pena ir com pressa e contornar "o obstáculo") ir ver os passarinhos, chamá-los, mandar-lhes beijinhos e fazer-lhes adeus. Quem ia gostar muito de conhecer estes passarinhos era o nosso avô. Sempre teve gaiolas com pássaros, sempre gostou de os ouvir e sempre lhe fizeram muita companhia. Quando nos vier visitar durante a semana, temos de fazer uma tal de excursão e apresentar-lhe estes amigos da sua bisneta querida. Temos a certeza que vai adorar! 

Há dois anos...

... fiz o teste e deu positivo! 

São datas que nos marcam, e por isso acho que vou sempre lembrar-me deste dia. Tínhamos ido de fim de semana para o Alentejo, estávamos calmos e não havia muita coisa a prever este desfecho. Não para já. Quase que meio surpreendidos pelas duas riscas avermelhadas assinalando um novo ciclo das nossas vidas, receámos pelo futuro, mas este fruto do nosso amor, era bem vindo, encheu-nos o coração de esperança e de mais amor.

Hoje a pequena Constança é a razão do nosso viver.

Poças à porta de casa

Ao contrário dos outros fins de semana em que aproveitámos o bom tempo para passear muito, este resolvemos ficar por casa e saborear estes momentos mais calmos, mais serenos e vagarosos. É tão bom acordar sem pressas, ficar na cama mais um bocadinho e mimar quem gostamos. A gordinha já tem interiorizada a rotina dos dias de escola e por isso não deu para ficar na "ronha" muito mais tempo, mas em casa, surgiram logo coisas giras para fazermos. Brincou no quarto dela, fartou-se de desenhar, e acho que gosta mesmo de rabiscar, até o que não deve. Mesa de cabeceira, mesa da sala, impressora, estão incluídas no role. Vestiu-se também a rigor para brincar nas poças de água, deixadas pela chuva à porta de  casa.  Esta última brincadeira foi mesmo a mais entusiasta, levou-a tão a sério que nem as botas fizeram com que as calças e as meias que tinha vestidas sobrevivessem à molha. E sabem o que fez quando lhe mudei a roupa e as botas para os sapatos do dia a dia? Foi para a poça e chapinhou novamente! Que maravilha! Quem me manda a mim ensinar estas coisas? Fico com a certeza que se divertiu e isso deixa-me suficientemente feliz para repetir a dose qualquer dia destes. É tão bom chapinhar!

Cada fase por que passa, acho que é mais gira do que a anterior. Está super engraçada e imita T-U-D-O o que fazemos.  Quem resiste? Estou completamente rendida pela minha bebé que até já quer ajudar o pai nos trabalhos "duros" cá de casa. 

Ainda sobre o nosso fim de semana...

Contei por aqui como foi parte do nosso fim de semana, mas hoje, descobri estas imagens meio perdidas no cartão de memória e que contam mais um bocadinho... E que bocadinho bom!

Estas contam o climax da viagem de regresso ao Algarve, quando me apanhou ao telefone e devorou o recheio da bolacha, que nunca lhe damos (Ao contrário de hoje, desta vez, não me esqueci de fotografar...)!

PS- Como devem imaginar, ainda não lhe dou chocolate, mas estas foram situação completamente pontuais, em que a gordinha nos apanhou distraídos e foi descobrir um dos prazeres da vida... 

Isto também é ser Mãe...e Pai!

Hoje tivemos uma noite daquelas! 

Apesar de até agora não termos tido muitos problemas com os dentes, acho que os marotos dos primeiros molares estão a dar o seu quê de chatices por aqui. A mudança do tempo também não ajuda, e a ranhoca, a tosse e a baba tem sido uma constante. De noite, a coisa piora e quase não dormimos uma hora seguida, entre o mamar e os ataques de tosse. 

Eram seis e meia e a baby já não queria dormir.

Passavam poucos minutos das oito e damos conta que nos deixámos dormir e o quarto está virado de pernas para o ar. O quarto e ela, que a apanhámos com a cara toda lambuzada de chocapic cereais que andou a comer durante a aventura "Os meus pais estão a dormir...Yeahh"! O ar dela, o sorriso de felicidade. Deviam ver! Acho que nesta hora nem se lembrou que tinha tosse, ranho, ou vontade de mamar. Isto também é ser Mãe...e Pai, está visto!  

A mantinha

Comprei-a na H&M, e foi quase como um amor à primeira vista (não que tenha nada de especial, mas gostei dela. Da sua simplicidade!), ainda que só a tenha trazido comigo ao fim de duas ou três passagens pela loja, pois já tínhamos feito "check" nesse item, aquando a verificação das coisas que nos faltavam para a maternidade, e era impensável para o J. gastar onde não havia necessidade. 

Hoje, a mantinha da Baby é aquela coisa que confirmamos sempre se temos na mala antes de sairmos de casa. Ela adora-a e já não passa sem ela, principalmente quando o soninho bate à porta.

Com a entrada na creche, acho que a mantinha vai fazer-se valer, aliás, já está a dar provas disso (Não viram nas fotografias enviadas pela educadora?). É aquele objecto que a está a acompanhar nos momentos mais difíceis. São os chamados, objectos de transição, que por norma são pedidos aos pais, no caso de existirem, claro! Enquanto educadora, sempre fiz questão disso. E enquanto mãe, sempre tentei apegar a gordinha a uma fralda, a um boneco querido, e na verdade, foi ela que acabou por escolher. O hábito foi crescendo, e quando demos por isso, tinha sido a mantinha cor de rosa, da H&M, a eleita.

Independentemente do que seja o objecto, não tenho dúvidas que a mantinha é agora uma espécie de porto seguro, que a ajuda a conquistar a sua autonomia naquele espaço estranho, com aquelas pessoas que (ainda) não conhece muito bem, quando está longe de nós e se sente meio perdida, funcionando como um substituto materno, permitindo-lhe a organização, mesmo na ausência das suas figuras de referência. UFAAAAA! Ainda bem que comprei a mantinha, ainda bem que a gordinha se apegou a ela, ainda bem que este simples objecto a tranquiliza. A ela, e a nós! 

A educadora da baby, disse mesmo que não se importava que ela a tivesse com ela nos primeiros tempos, pois nota-a muito mais feliz. E quem não fica feliz, por ouvir isto? 

E sabem o mais grave???
Não tenho fotos da princesa com a mantinha (a não ser as enviadas pela educadora nos primeiros dias na creche). Que falha!

Do nosso fim de semana

Fomos passear até Setúbal, fomos ver os tios e os primos, e aproveitar as férias do pai! Passeámos por Lisboa, fomos ao Kids Time e nem vale a pena dizer que adorei. Num sítio bem giro, as cavalariças do Hotel Pestana Palace, as marcas que acompanho maioritariamente online, estavam ali, a exibir a nova coleção de Outono/Inverno, e a deixar as suas seguidoras caídas de amor por cada pormenor mais querido.  Só tive pena de não poder trazer tudo!

Como disse, também aproveitámos para passear e as imagens contam...É verdade que não contam tudo, mas contam como foi quando parámos nos jardins de Belém, e nos deliciámos com aquele cenário de Outono...