Um Baptizo (ou não) e Três Padrinhos

Ainda não vos contei, mas este Natal decidimos convidar os padrinhos para  C.

Uma decisão tão importante quanto difícil. Achamos nós!

Não somos católicos praticantes, mas desde que me lembro de existir, oiço falar em Deus, como força maior, como Aquele que nos protege e Àquele a quem dirijo os meus pedidos e também agradecimentos que surgem inevitavelmente no meio das orações. O J. também cresceu assim. Somos os dois baptizados, frequentámos a catequese e fizemos a primeira comunhão. É algo em que acreditamos e por isso, achamos que faz todo o sentido baptizar a C, e dar-lhe a conhecer esta força que segue as nossas vidas desde bem pequenos.

Entretanto, já ficámos a saber que a igreja de Cuba, não o permite, uma vez que eu e o J não somos casados (e pelos vistos, vivemos em pecado!). Nestas coisas, a constituição de família, o amor que nos une, primeiro aos dois e agora aos três, não basta, e nós só temos que respeitar.  

Esta é uma questão que ainda vamos ter de pensar muito bem como iremos fazer, se procuramos uma igreja que o faça, pois sei que há facilidades em certas zonas do país, e o Algarve é uma delas. No entanto, se não for mesmo possível, não queremos que por isso, a nossa princesa deixe de ter padrinhos, e alguém que, além de amigo, seja como um segundo pai e uma segunda mãe. Que goste dela e a proteja, tal como nós o fazemos.   

Escolhemos por isso os padrinhos, mesmo antes de saber o desfecho final da história do baptizado.

Com ou sem carga religiosa, pensamos que devíamos incidir a nossa escolha com base na amizade e na confiança que nos une às pessoas em causa.

Ser padrinho ou madrinha tem a sua dose de responsabilidade. É estar presente, é preocupar-se e acompanhar o crescimento da pequena C, mas é mais. É ser a pessoa a quem entregaríamos a nossa filha se um dia não estivermos mais por aqui. 

E nós, temos a certeza. Não poderíamos ter escolhido os melhores padrinhos para a C. E se o príncipe George pode ter sete, a nossa princesa tem três, porque é a conta que Deus fez!

A Patrícia. Uma amiga de sempre.

A Vanessa. Uma amiga para sempre.

O Mauro. Um jeitoso para os mais pequenos, que derrete qualquer um. E claro, um amigalhaço para o J e para mim também.

Três pessoas diferentes, que se completam. E que achámos ser a escolha perfeita para apadrinhar a nossa mais que tudo, a nossa filha, a nossa C.

Preparámos tudo e aproveitámos a época Natalícia, e o pedido foi assim:

Os das madrinhas são iguais, mas com fotografias com elas :) 

GOSTARAM??

ELES DISSERAM QUE SIM E A NOSSA C JÁ TEM PADRINHOS!